Marcelo Bisogno (PDT), o vereador mais votado na eleição de 2012 em Santa Maria e integrante da bancada governista do prefeito Cezar Schirmer (PMDB), disparou, na tarde desta quinta-feira, uma série de críticas ao secretário de Infraestrutura e Serviços, Tubias Calil. O pedetista foi à Tribuna da Câmara e elevou o tom contra o secretário Tubias. A primeira crítica de Bisogno foi quanto à medida de revitalização do Parque Itaimbé, capitaneada pela pasta de Tubias, que nesta semana promoveu a colocação de asfalto em calçadas do parque.
- Ali (o Parque Itaimbé) é um parque, e não uma pista de corrida. Por Deus, não há um plano de recuperação do parque? Então, por que colocar asfalto? Assim, vai se terminar com o parque - esbravejou o vereador.
Na sequência, o parlamentar continuou a disparar contra a gestão de Tubias na pasta:
- Pergunto o que está acontecendo com o CDM (Centro Desportivo Municipal, o conhecido Farrezão)? Qual a política para o CDM? O local está cada vez mais comprometido e um ambiente para assaltos e agressões a pessoas de bem. Vamos cobrar explicações da prefeitura sobre o CDM.
Bisogno também ironizou uma medida feita pela prefeitura: o alargamento das calçadas em frente ao Centro Administrativo Municipal, que fica na Rua Venâncio Aires. Conforme o pedetista, o Executivo se equivocou ao viabilizar tal reforma.
- A prefeitura, então, aumenta a calçada e encurta a pista de veículos. Agora, ali, certamente um caminhão dos bombeiros, por exemplo, deverá passar com muita dificuldade. Ao que me parece, inexiste um Plano Diretor de Mobilidade Urbana para se debater essas questões. Então, está tudo liberado, é isso? - questionou Bisogno.
O Diário tentou contato por telefone com o secretário Tubias Calil, mas ele não retornou às ligações da reportagem. Já o líder do governo na Câmara, o vereador João Carlos Maciel (PMDB), comentou as críticas do colega Bisogno:
- Ele tem o direito de questionar. De fato, são questões que precisam ser repensadas.
Já sobre o alargamento das calçadas em frente à prefeitura, o secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Passini - sucessor de Bisogno na pasta desde abril de 2012 - disse que a medida não partiu de sua secretaria:
- Isso foi uma determinação do Iplan (Instituto de Planejamento). Não passou pela minha pasta.
O titular da autarquia do governo, Carlos Alberto Robinson, também não atendeu às ligações do Diário.
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